
A operação começou em 2009 como uma investigação sobre lavagem de dinheiro por doleiros em Curitiba, onde os principais suspeitos eram Alberto Youssef que já havia estrelado o caso do Banestado, e Carlos Habib Chater, dono de um posto de gasolina na Asa Sul em Brasília, o Posto da Torre, que não oferecia serviço de lavagem de carros. Daí vem a origem do nome, uma ironia com o posto de gasolina de Chater.
De lá para cá a justiça mudou, e agora as coisas andam nos tribunais do Brasil que tem como exemplo o trabalho do super herói Sérgio Moro, que com muita inteligência estratégica peitou o crime do colarinho branco e fez valer a lei.
Vamos agora conferir quem foi condenado até o presente.
Em 22 de abril de 2015:
Alberto Youssef, doleiro – 9 anos e 2 meses por lavagem de dinheiro
Esdra de Arantes Ferreira, sócio da Labogen – 4 anos e 5 meses por lavagem de dinheiro
Márcio de Andrade Bonilho, da Sanko Sider – 11 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa
Waldomiro de Oliveira, da Sanko Sider – 11 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa
Leandro Meirelles, sócio da Labogen – 6 anos e 8 meses por lavagem de dinheiro
Leonardo Meirelles, sócio da Labogen – 5 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras – 7 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa
Pedro Argese Junior, operador do esquema – 4 anos e 5 meses por lavagem de dinheiro
26 de maio de 2015:
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras – 5 anos por lavagem de dinheiro
Até agosto de 2015:
André de Catão Miranda, ligado ao Youssef – 4 anos por lavagem de dinheiro
Carlos Alberto Pereira da Costa, ligado ao Youssef – 2 anos e 8 meses por lavagem de dinheiro
Carlos Habib Chater, ligado ao Youssef – 5 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro
Cleverson Coelho de Oliveira, ligado ao Youssef – 5 anos e 10 dias por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular, e pertinência à organização criminosa
Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa – 15 anos e 10 meses por corrupção, lavagem de dinheiro, e pertinência à organização criminosa
Ediel Viana da Silva, ligado ao Youssef – 3 anos por lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos
Eduardo Ermelino Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corrêa – 15 anos e 10 meses por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, e pertinência à organização criminosa
Esdra de Arantes Ferreira, ligado ao Youssef – 4 anos e 5 meses por lavagem de dinheiro
Faiçal Mohamed Nacirdine, ligado ao Youssef – 1 ano e 6 meses por operar instituição financeira irregular
Fernando Antônio Falcão Soares (Fernando Baiano), lobista – 16 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS – 4 anos por lavagem de dinheiro
Iara Galdino da Silva, doleira – 11 anos e 9 meses por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular, corrupção ativa e pertinência à organização criminosa
Jayme Alves de Oliveira Filho, parceiro de Youssef na lavagem de dinheiro – 11 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa
João Ricardo Auler, ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa – 9 anos e 6 meses por corrupção e pertinência à organização criminosa
José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS – 16 anos e 4 meses por organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro
José Ricardo Nogueira Breghirolli, contato de Youssef com a OAS – 11 anos por organização criminosa e lavagem de dinheiro
Juliana Cordeiro de Moura, ligada a Youssef – 2 anos e 10 dias por evasão de divisas e operação de instituição financeira irregular
Júlio Gerin de Almeida Camargo, ex-consultor da Toyo Setal – 14 anos por corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Lucas Pace Júnior, ligado a Youssef – 4 anos, 2 meses e 15 dias por evasão de divisas, operar instituição financeira irregular, pertencer à organização criminosa
Maria Dirce Penasso, ligada a Youssef – 2 anos, 1 mês e 10 dias por evasão de divisas e operar instituição financeira irregular
Matheus Coutinho de Sá Oliveira, ex-funcionário da OAS – 11 anos por organização criminosa e lavagem de dinheiro
Nelma Mitsue Penasso Kodama, doleira – 18 anos por evasão de divisas, operar instituição financeira irregular, corrupção ativa e pertencer à organização criminosa
Renê Luiz Pereira, traficante de drogas ligado a Youssef – 14 anos por tráfico de drogas
Rinaldo Gonçalves de Carvalho, ligado a Youssef – 2 anos e 8 meses por corrupção passiva
Em 21 de setembro de 2015:
Adir Assad – 10 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e associação criminosa
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal – 16 anos e 8 meses por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Dario Teixeira Alves Júnior – 9 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e associação criminosa
João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT – 15 anos e 4 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Julio Gerin de Almeida Camargo, da Toyo Setal – 12 anos por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Mario Frederico Mendonça Goes, operador do esquema – 18 anos e 4 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras – 18 anos e 4 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras – 20 anos e 8 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Sônia Mariza Branco, operadora do esquema – 9 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e associação criminosa
Em 22 de setembro de 2015:
André Vargas, ex-deputado do PT – 14 anos e 4 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Leon Denis Vargas Ilário, irmão do ex-deputado – 11 anos e 4 meses
Ricardo Hoffmann, operador da agência de publicidade Borghi Lowe – 12 anos e 10 meses
Em 16 de novembro de 2015:
Luiz Argôlo – 11 anos e 9 meses
Em 2 de dezembro de 2015:
Erton Medeiros Fonseca, empresário – 12 anos e 5 meses por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Jean Alberto Luscher Castro, executivo – 11 anos e 8 meses por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Dario de Queiroz Galvão, ex-presidente da empreiteira – 13 anos e 2 meses por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa
Alberto Youssef, doleiro – 13 anos, 8 meses e 20 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras – 5 anos e 5 meses por corrupção passiva
Em 8 de março de 2016:
Marcelo Odebrecht – 19 anos e 4 meses por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação criminosa
Márcio Faria da Silva – 19 anos e 4 meses por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação criminosa
Rogério Santos de Araújo – 19 anos e 4 meses por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e associação criminosa
César Ramos da Rocha – 9 anos, 10 meses e 20 dias por corrupção ativa e associação criminosa
Alexandrino de Salles Ramos de Alencar – 15 anos, 7 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção ativa
Pedro José Barusco Filho – 15 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Costa – 20 anos e 3 meses por lavagem de dinheiro e corrupção passiva
Estou elaborando a lista de março de 2016 até o presente (agosto de 2017) e pretendo publicar em breve, mas é possível notar que, o trabalho desta operação modificou a percepção do brasileiro em relação ao crime de colarinho branco: no Brasil, o juiz Sérgio Moro, é nosso xerife, botando ordem na casa.